Seja Frenético

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Capítulo XI - Fifty Shades of Grey


Acho que todos já se pegaram prevendo o final de uma novela: “É sempre a mesma coisa, casamento, morte, gravidez!”

Foi bem assim que eu me senti quando comecei a ler Fifty Shades of Grey
Já li muito romance de banca de revista (coleções Sabrina, Júlia, Bianca, Maria, Joana, Emengarda, etc.) e o enredo de E.L. James é bem parecido com todos eles.

A receita é simples:

1 mocinha ingênua sempre mais nova que o mocinho.
1 mocinho com uma infância difícil que o leva a ter problemas de a) compromisso b) intimidade ou c) os dois juntos com algo mais.

Modo de preparo:

Misture tudo com uma pitada de erotismo e uma boa dose de mal entendidos.

Et voilá! Seu romance água com açúcar está pronto!

Anastasia é uma garota muito inocente, que acaba se apaixonando pelo tudo de bom e problemático Christian Grey. O cara tem uma história de vida bem sinistra e isso faz com que ele abomine contato físico. Assim que li isso lembrei logo de Agora e Sempre, de Judith McNaught. Jason sofreu abuso quando criança e não gosta de ser tocado, até que Victoria aparece em sua vida e consegue acabar com seu trauma.

Mesmo encontrando essa BIG semelhança logo no começo, fiquei esperando algo que me surpreendesse, afinal de contas são 3 livros. Seria preciso muita enrolação pra encher todos os 3 só com esse enredo que eu mencionei. No fim do segundo livro eu descobri que não teria nada demais.  Sequestro, ciúmes, te-quero-não-te-quero-mais-te-quero-de-novo, mais ciúmes, ceninhas bonitas e sexo. Muuuuuito sexo. Esse último é a única coisa que Fifty trás de diferente. Não que nos outros não tenha, mas é sempre no estilo ‘baunilha’, como o próprio Grey chama o sexo mais light, com amor e carinho. Porém, na trilogia rola um pouco de BDSM.

Ok, não é um pouco, é um muito, mas vai diminuindo e dando lugar ao estilo baunilha na medida em que ele vai se apaixonando.

No geral, eu curti o livro. Se eu já li as Sabrinas e Júlias da vida, não tinha como não gostar. Meu desgosto ficou mais pela protagonista, que consegue ser bem mais retardada do que as outras. Entendo que o primeiro cara dela seja to die for, deixa ela no céu e ela está head over hills por ele, mas vamos ter mais autocontrole, neah? Ele consegue ser um escroto com ela as vezes e deixa ela puta de raiva, mas basta ele olhar pra ela e pronto, ela esquece de tudo e em 30 segundos já está despida e arfando. As outras pelo menos respondem a altura e rejeitam o bulling ocasional.

O que dizer mais? A tradução para o português não está das melhores. As partes que eu vi ficaram muito castas ou muito toscas. Ninguém quer saborear um romance erótico e ler isso:

“— Agora vou fodê-la, senhorita Steele... — murmura colocando a ponta de seu membro ereto na entrada de meu sexo — Duro, — ele sussurra e me penetra bruscamente.”

 É simplesmente brochante!

Para quem gosta das coisas mais kinkies, pode usar o livro pra se inspirar, rsrs. Porém eu sugiro que antes de começar a leitura, façam uma pesquisa sobre dominação e artefatos usados em sessões de sadomasoquismo. Vai ajudar na hora de visualizar o ‘red room of pain’.

Minha versão da trilogia veio nesse box lindinho aqui:




Quanto a criação do filme, a Universal e a Focus Features já escolheram roteirista e produtores. Vejam mais informações aqui.

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